LEED Galleria Corporate II: tecnologia e sustentabilidade em Campinas

LEED Galleria Corporate II: tecnologia e sustentabilidade em Campinas

Em julho a torre II do Condominio Galleria Corporate, localizado em um dos maiores complexos corporativos da Campinas (SP), foi certificada LEED Silver®.

O Complexo Galleria engloba três condomínios empresariais e um hotel, vizinho à um dos centros de compras e conveniência mais elegantes da região, o Galleria Shopping, e atende a toda região metropolitana de Campinas, que abrange 20 municípios e 2,6 milhões de habitantes.

Com 41 anos de experiência no mercado imobiliário, a Cariba Empreendimentos, responsável pela incorporação do Complexo, tomou a decisão de dotar o Complexo Galleria com o primeiro edifício corporativo de Campinas com certificação LEED, acompanhando de perto todas as etapas do empreendimento para garantir sua performance.

O Galleria Corporate II é composto por seis pavimentos, quatro subsolos e heliponto, tem 19.156 m² de área construída e teve sua obra gerenciada pela QOPP, empresa com mais de 10 anos de experiência no mercado.

Com consultoria green building do CTE, a certificação do Galleria Corporate II foi possível devido às soluções sustentáveis implantadas desde as etapas iniciais do projeto até a execução do edifício. Essas estratégias possibilitam diminuir o custo operacional do edifício e seu impacto ambiental.

 

Veja as principais estratégias sustentáveis adotadas pelo Galleria Corporate II

 TERRENO SUSTENTÁVEL

  • O empreendimento localizado às margens da Rod. Dom Pedro, próximo a um shopping e a áreas residenciais. A partir do edifício, é possível acessar diversos serviços, como restaurantes, bancos, farmácias supermercados, dentre outros.
  • O edifício está localizado em área urbana servida por transporte público, incentivando assim a não utilização de carros pelos ocupantes.
  • Presença de bicicletário no 1º subsolo e vestiários para os ciclistas.
  • Presença de vagas preferenciais para veículos de baixa emissão e consumo.
  • Minimização das ilhas de calor com a diminuição das áreas pavimentadas expostas, incorporação de áreas verdes no pavimento térreo e 100% dos estacionamentos no subsolo.

 OBRA SUSTENTÁVEL

  • Cerca de 92% do volume de resíduos recicláveis gerados na obra foi desviado do aterro e encaminhado para reaproveitamento.
  • No decorrer da obra foram implementadas diversas estratégias a fim de controlar a poluição e evitar a saída de sedimentos do terreno. Dentre elas, destacam-se: vedação de tapumes, lava-rodas, lava-bicas, canaletas e lombadas nos acessos; estabilização de taludes e britagem de vias; redução de geração de poeira via aspersão de água em vias e britagem de vias; projetos de controle de poluição da obra na demolição, terraplanagem e fundação.
  • Durante a obra também foram tomadas medidas para garantir a qualidade interna do ar, como proteção de sacarias, varrição com aspersão de água, proteção de dutos de ar condicionado, controle de materiais a base de Composto Orgânico Voláteis, controle do tabagismo, controle da poeira nas atividades de construção com o uso de exaustores, controle de materiais porosos, descida dos resíduos classe A em sacos e interrupção dos caminhos.

USO RACIONAL DA ÁGUA

  • 35% de redução do consumo de água potável dos sanitários e vestiários devido a instalação de louças e metais com baixa vazão.

  ENERGIA E ATMOSFERA

  • O empreendimento foi concebido com foco no desempenho energético, alguns fatores considerados foram: fatores climáticos, orientação do edifício, especificação dos vidros, sistema de ar condicionado, carga de iluminação, dentre outros.
  • A fim de auxiliar e estudar as melhores estratégias energéticas foram realizadas algumas simulações computadorizadas, que avaliaram a eficiência energética do edifício de acordo com os parâmetros estabelecidos pela ASHRAE90.1-2007.
  • 16% foi a porcentagem de redução do consumo de energia, em custo, devido às estratégias de eficiência energéticas implementadas.
  • Para atestar que todos os sistemas estão operando corretamente, foi contratado o serviço de comissionamento dos sistemas, cuja responsabilidade é garantir que os sistemas especificados em projeto sejam instalados e calibrados corretamente.
  • O sistema de iluminação interna e externa foi projetado com equipamentos de alta eficiência como, por exemplo, lâmpadas T5, para reduzir o consumo de energia.
  • O sistema de ar condicionado é baseado na tecnologia VRF que possibilita o controle do sistema por conjunto. A renovação de ar externo se da por tomada de ar central.
  • Medidores de energia por uso final possibilitam o monitoramento individualizado do consumo dos sistemas.

 MATERIAIS E RECURSOS

  • A seleção de materiais construtivos procurou privilegiar materiais extraídos de forma legal, regionais e com conteúdo reciclado para minimizar a energia agregada e o esgotamento dos recursos naturais.
  • Foram utilizadas apenas madeiras extraídas de forma legal, ou seja, identificadas pelo D.O.F- Documento de Origem Florestal controlado pelo IBAMA.
  • Mais que 50% de toda a madeira incorporada no edifício apresenta certificação FSC (Forest Stewardship Council´s).
  • Cerca de 60% dos materiais adquiridos e instalados nos edifícios foram extraídos e manufaturados a menos de 800 km da obra e possuem mais de 22% de conteúdo reciclado incorporado.
  • O edifício possui espaços adequados para a coleta seletiva: foi previsto um depósito para resíduos recicláveis e um depósito para resíduos não recicláveis no subsolo.

 QUALIDADE DO AMBIENTE INTERNO

  • Proibição de fumo em todas as áreas internas do edifício e em áreas externas a menos de 8 metros de entradas de ar, como portas, janelas e tomadas de ar externo.
  • Uso de adesivos, selantes, tintas e revestimentos com baixo COV (Compostos Orgânicos Voláteis) para reduzir a quantidade de contaminantes do ar interno que são prejudiciais aos ocupantes. 100% das tintas e revestimentos tiveram a quantidade de COV avaliada, atendendo a limites de normas internacionais.
  • O edifício foi projetado para atender aos requisitos mínimos da ASHRAE Standard62.1-2007, normatizando os filtros para o sistema de ar condicionado; trocas mínimas de ar externo para cada ambiente; distâncias mínimas de possíveis fontes poluidoras; dentre outros requisitos para o atendimento das condições de conforto térmico dos usuários.
  • As fachadas foram projetadas para valorizar as áreas envidraçadas e, consequentemente, preservar a vista para o ambiente externo. Um layout sugerido foi disponibilizado para os locatários, comprovando que é possível desenvolver um projeto mantendo as vistas para as áreas externas.

 

 

EQUIPE ENVOLVIDA

Arquitetura: ANTEGHINI ARQUITETOS ASSOCIADOS

Ar condicionado: WILLEM SCHEEPMAKER & ASSOC. LTDA

Elétrica e Hidráulica: TECNO TEMA ENGENHARIA DE PROJETOS LTDA E KIT PROJETO E COORDENAÇÃO LETDA

Luminotécnica: ABRD COMPANY

Paisagismo: ROSA GRENA KLIASS ARQUITETURA PAISAGÍSTICA PLANEJAMENTO E PROJETOS LTDA.

Construtora: GNO

Gerenciamento: QOPP

 

 

Por Camila Orlando Arquiteta e Urbanista, formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP). Habilitação em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da USP. LEED AP® BD + C, EDGE Expert e EDGE Auditor.

Para saber mais sobre a consultoria para certificação LEED e outros produtos na área de Sustentabilidade que o CTE oferece aos seus clientes, entre em contato com:

Rafael Lazzarini – Gerente Comercial e de Novos Negócios da Unidade de Sustentabilidade do CTE – rafael@cte.com.br – 11 2149-0300

Fonte: CTE

 


Português English Español